O tema transporte municipal voltou a ser o foco nos meios jornalísticos e nas rodas de conversas pelas ruas devido ao aumento exorbitante, da noite para o dia, da passagem do ônibus municipal, que faz as linhas dentro da cidade de Lorena-SP.
O que custava R$2,00 passou a ser R$2,80. Uma reclamação aqui e uma chorada ali, caiu para R$2,50.
Mas a pergunta fica: será que existe uma fórmula mágica para a resolução real e completa do problema de transporte público na cidade?
Bem, não é preciso especialista para poder encontrar algumas vertentes que possam apontar para uma solução a curto, médio e longo prazo.
Todos nós sabemos que a nossa cidade o uso do transporte por bicicletas é amplamente difundido, mas com estrutura precária. Apontamos somente duas ciclofaixas e uma ciclovia na cidade: menos de 5km de extensão para a capital nacional da bicicleta; a primeira e mais antiga, porém a mais problemática também ao nosso ver, é a ciclofaixa da avenida Marechal Argolo, sendo impossível de se transitar em determinado período devido a carros particulares estacionarem sob a mesma, levando o ciclista a competir por espaço na chamada faixa de rolamento. Na construção da gestão anterior, havia guias protegendo e delimitando o espaço, porém sem motivo aparente da atual gestão, o chão foi pintado, havendo um maior desrespeito por parte dos motoristas. Basta ir para o local e ver com os próprios olhos.
A outra ciclofaixa, é no trecho após a Yakult até o início do bairro Novo Horizonte, sempre muito suja com areia, podendo causar risco de acidentes. A última e mais nova é ciclovia, da rua Dr Arnolfo Azevedo, projetada e construída para ser mão única mas que acaba virando mão dupla e estacionamento, na prática.
Não há na cidade um local seguro, como um bicicletário para o ciclista deixar o seu meio de transporte em segurança. Se quiser ou deixa na rua trancada em postes, ferros, em qualquer lugar visível ao seus olhos, até atrapalhando o trânsito de pedestres nas calçadas, ou deixa no estacionamentos pagos, havendo até riscos de danos, onde um morador deixou sua "bike" e quando retornou estava quebrada um manete de freio. Como iria provar tal fato?.
Os táxis tem preços exorbitantes para corridas tabeladas. Pequenos trajetos, poucos minutos, paga-se em média R$20 , por exemplo, já visto, pelo trajeto centro- bairro Ponte Nova. Com uma frota mista, veículos diversos anos e modelos, não há taximetros instalados. Acaba sendo um "luxo" para certa fatia da população.
No trânsito caótico, cidade com hora do rush, o veículo particular continua sendo o "dominador" o preferido enquanto o transporte público, tido como a solução até para questões ambientais como para congestionamentos, vai ficando do jeito que está.
Sem corredores exclusivos na cidade, acabam competindo espaço. Movidos a óleo díesel, vão em sentido contrário para outros combustíveis e sistemas menos agressivos como aqueles movidos a eletricidade, álcool, biodisel, gás natural veicular, e até energia solar radicalmente falando já em uso em outros países.
Com tarjetas, ou seja o emplacamento, de uma cidade mineira, os impostos como IPVA, por exemplo, ficam naquela cidade e não naquela onde se arrecada.
Sem cobrador, o motorista que faz a cobrança da passagem, feita através de dinheiro ou vale transporte, não havendo algum tipo de cobrança eletrônica, como acontece na vizinha Guaratinguetá-SP.
Os pontos, bem, quase não existem ou algum tipo de investimento é feito, se quiser, o passageiro de "primeira viagem" tem que advinhar onde é e aguardar de pé. Se for final de semana ou feriado, os horários ainda são confusos e restritos.
Mas nem vamos dizer sobre os estado precário das ruas e avenidas, colocar ônibus novos e de alta tecnologia, seria um "pecado" demais.