9 de mai. de 2011

Artigo- A Semelhança entre um prefeito e um treinador de futebol.

Assistindo a final do Campeonato Paulista de futebol de campo 2011, comecei a pensar sobre a semelhança entre um prefeito de uma cidade com um técnico de time.
Para início, ambos os cargos são importantíssimos para o bem geral de muitas pessoas. Para um prefeito, seja para X números de moradores; para um treinador, seja para Y de torcedores.
A fase da "contratação" é um tanto estranha e obscura. Para o prefeito, dentre alguns moradores ou conhecidos naquela localidade, saem em média cinco ou seis candidatos que brigam assiduamente entre si, de várias formas para serem eleitos para quatro anos de serviço pleno, recebendo em dia o pagamento de certa forma bem mais elevado que salário mínimo que o brasileiro comum recebe. O treinador é escolhido aleatoriamente pelo serviço que fez ou ainda faz em outro clube anterior, pelo seu passado e prestígio, onde o salário é absurdamente elevadíssimo, também se levar em conta a realidade da maioria.
Após esta, tanto prefeito como treinador carregam consigo alguns muitos outros, conhecidos ou como cargos de confiança e comissão técnica, respectivamente.
Estes em tese, são os responsáveis que muitas vezes não aparecem, mas que são primordias para o dia-a-dia de ambos.
No primeiro caso, devem ficar atentos aos problemas, necessidades, provisões de uma cidade necessita para estar em ordem e em perfeito funcionamento, sempre no intuito de estar melhor.
No segundo, fazem parte a comissão técnica, comissão médica, atentos aos jogadores, os problemas, auxiliam o principal observando os demais times, ajudam no esquema tático, sempre também no intuito de estar melhor.
Ainda, para ajudar o primeiro caso, há o papel da Câmara Municipal de Vereadores, onde também fazem trabalho de auxílio e fiscalização para tal. Propõem projetos, requerimentos, moções de apelo. Praticamente fica impossível, o prefeito não saber o que fazer, não estar ciente daquilo que acontece na cidade para a qual foi escolhido para administrar.
O relacionamento com a imprensa é fundamental, afinal, para ambas a imagem é primordial. Uma imagem vale mais que mil palavras. Mas geralmente, para a primeira parte, preferem se esconder colocando estes mesmos comissionados para entrevistas, quando estão com a batata quente. No segundo caso, nas coletivas de imprensa, quando o time perde o jogo, por exemplo, não é o prepador físico, muito menos o médico do time que vai dar a cara pra bater, ou seja, para ser questionado amplamente, quem assume a bronca? sim quem? o treinador. Hum achei aí, um diferencial.
O papel da impresa é informar, reportar, indagar, questionar,( e demais verbos e ações)-  seja o cidadão ou torcedor - sobre aquilo que está aos olhos do mundo todo, ligado diretamente.
O prefeito ainda não tem um adversário específico que vai pleitear o resultado por noventa minutos. O adversário maior é colocar em prova e na prática a escolha daquela administração durante quatro anos.
Assim como no futebol, o prefeito pode fazer algumas substituições que achar conivente para cada caso, se está ruim pode-se trocar, ou seja, substituir por outro muitas mais do que as três somente que o treinador pode fazer num jogo inteiro. Time que está perdendo, mexe-se, revê todo o planejamento rapidamente.
Por exemplo, em Lorena-SP, em sete anos, houve sete secretários de saúde. Seria ainda, um número cabalistico?
As contratações, o treinador não possui dinheiro próprio, apenas em alguns casos, no máximo a aprovação ou rejeição de tal nome. Diferente do prefeito, que este como chefe do poder Executivo, tem a caneta , o papel, e muito dinheiro em caixa para tomar as decisões que julgar.
A saída, por fim deste raciocínio, é o fim de carreira. Ambos, ou saem aclamados pela multidão, ou saem as escondidas pelas portas dos fundos.
O prefeito se sair bem, pode-se reeleger com dois mandatos seguidos. Por outro lado, pode ser cassado, perder seus direitos, sua dignidade, seu nome por água abaixo.
O treinador, pode passar o fim da vida no mesmo time, se estiver em condições favoráveis. Mas se apresentar sucessivas derrotas, num instante pode ter a cabeça pedida e ser demitido em questão de minutos após um fracasso.
Resta saber, a duração de cada um- se é para quatro anos ou se é para noventa minutos. Mesmo com a decisão de juízes, o veridicto é dos cidadãos ou ainda, dos torcedores.
E na sua cidade ou o seu time, como está ?

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