EEL-USP tem trabalhado em nova liga metálica

A EEL-USP (Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo) tem trabalhado na fabricação de uma nova liga metálica a ser usada em setores de geração de energia e aviação além de foguetes.
O trabalho com título "Determinação experimental da projeção liquidus do sistema Nb-Cr-B na região rica em Nb-Cr até 50 %at. B" dos professores Carlos Angelo Nunes e Gilberto Carvalho Coelho e dos autores associados João Carlos Jânio Gigolotti, Jean Marc Fiorani e Nicolas David visa buscar encontrar caminhos para melhoria da eficiência de turbinas aeronáuticas e aeroderivadas através de pesquisa e desenvolvimento de novas ligas de nióbio, metal de altíssimo ponto de fusão (2468°C), com jazida única no planeta localizada em Minas Gerais.
Segundo fontes, esses setores citados respondem por cerca de 30 a 40% das emissões de gases causadores do efeito estufa e apresentam as maiores taxas de crescimento dessas emissões, tornando-os foco de atenção para ações futuras.
Para os autores da pesquisa, as ligas que apresentam atualmente o melhor desempenho para aplicações em altas temperaturas são as superligas de níquel, entretanto elas já são aplicadas em ambientes cuja temperatura é próxima de seus pontos de fusão, o que limita ganhos adicionais de eficiência.
As novas com o metal brasileiro podem contribuir de melhor forma, pois além de ser sólido em temperaturas acima de 1900°C, podem apresentar uma ótima combinação de propriedades mecânicas, resistência à oxidação e à corrosão em temperaturas acima de 1200°C.
O caminho percorrido por essa pesquisa sugere que alterações nos materiais possam responder em até 50% do potencial de redução das emissões desses setores até o ano de 2020, sendo apresentada no 66° Congresso Anual da ABM de 2011 e foi o vencedora do Prêmio Luiz Dumont Villares, patrocinado pela Gerdau Aços Especiais Brasil.

Com colaboração
Assessoria de Imprensa- EEL-USP
Simone Colombo